O mercado de milho na Bolsa B3 de São Paulo fechou em queda acentuada nesta quarta-feira (27.01), com a intensificação da colheita de verão no Brasil e na contramão da Bolsa de Chicago (CBOT). Com isto, a cotação de março recuou R$ 1,86 no dia para R$ 83,90; a de maio recuou R$ 1,02 para R$ 81,36 e a de julho avançou R$ 0,36 para R$ 75,35.
“Na última terça-feira o Paraná anunciou que sua primeira safra já está 20% em maturação o que faz prever a iminência da colheita, que poderá irrigar novamente o mercado do Sul. A queda desta quarta-feira (e eventualmente algumas subsequentes) não invalida o que temos insistentemente afirmado neste espaço, que os fundamentos continuam altistas no Brasil”, aponta a Consultoria TF Agroeconômica.
Os analistas de mercado ressaltam que as cotações já superam a alta anterior de Novembro: “Com a falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e forte demanda nos mercados internos e externos. Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses e meio até chegar a Safrinha brasileira”.
“Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. Finalmente, o dólar, que tinha recuado 2% na semana, subiu líquidos 2% nas duas primeiras semanas do ano e promete continuar firme por ruídos políticos (que apenas começaram), falta de continuação das reformas e problemas fiscais. Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021”.