A cultura da cebola, que se estende por 4.325 hectares no Paraná, está quase 100% colhida, com preços aos produtores cerca de 24% superiores aos verificados em dezembro. Esse é um dos assuntos do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Deral, referente à semana de 23 a 29 de janeiro.
A área de cebola teve crescimento de 2% em relação à plantada na safra de 2019, com a colheita atingindo, até agora, 97%. A expectativa é colher 121,5 mil toneladas, o que representa crescimento de 7%. As principais regiões produtoras no Paraná são as de Curitiba, com 49% da produção, Guarapuava, com 24%, e Irati, com 15%.
A cebola paranaense abastece tanto o mercado estadual quanto o nacional. Até o fim do mês, cerca de 75 mil toneladas, que representa 61% do total, já foram comercializadas. Para o produtor, o preço da saca de 20 quilos teve aumento de 24% em relação a dezembro de 2020, chegando a R$ 29,27.
MEL E FRUTAS – O Brasil exportou, em 2020, 45.728 toneladas de mel in natura, volume 50,5% superior ao de 2019. O Paraná, com 9.230 toneladas, é o terceiro colocado, atrás de Santa Catarina e Piauí. Para o Estado, a cultura trouxe receita cambial de US$ 18,238 milhões.
Em relação às frutas, o boletim registra a variação positiva de 6,6% na exportação entre os anos de 2011 e 2020. No mesmo período, o volume de importação decresceu 28,7%. Nesse espaço de tempo, somente o ano de 2014 apresentou déficit, com gastos de importação superiores aos de exportação.
CAFÉ E FEIJÃO – A produção de café paranaense, em 2020, deve se posicionar em 261 mil sacas, com produtividade média de 27,8 sacas por hectare. Mesmo um pouco superior às últimas estimativas, o volume ainda é inferior ao potencial esperado no início do ciclo, prejudicado pela estiagem.
O boletim aponta que o feijão também sofre as consequências da seca. Até agora, foi colhida aproximadamente 62% da área plantada da primeira safra. Para a segunda safra, já estão semeados em torno de 12% do total de 237,3 mil hectares.
OUTRAS CULTURAS – O documento preparado pelos analistas do Deral também fala das consequências climáticas em relação às culturas de milho, soja e mandioca. A apicultura recebe atenção, com relato sobre as exportações brasileiras de mel, que tiveram aumento superior a 50%, e de ovos, que, ao contrário, decresceram em 28,5%.