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Programas garantem comercialização e renda aos pequenos agricultores

A pandemia mundial, decretada em razão do novo coronavírus, confinou muitas pessoas nas casas, seguindo o conselho para evitar aglomerações. Isso aumentou o consumo de alimento no ambiente doméstico e incentivou-se a busca pela melhor qualidade.

No Paraná, os agricultores, particularmente os familiares, deram boa resposta para colocar comida nas mesas, sobretudo dos mais vulneráveis, via políticas públicas, e também para garantir a continuidade de seus trabalhos no campo. Ao Estado coube um esforço para que a produção não parasse e que os agricultores recebessem a remuneração mais justa possível.

Atento às necessidades, o Governo, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em uma das primeiras ações, criou o programa Compra Direta Paraná, destinando R$ 20 milhões a 147 cooperativas e associações de pequenos produtores. Ao todo, 12,5 mil agricultores familiares estiveram envolvidos no processo de produzir e entregar alimentos a mais de 900 entidades sociais, que os distribuíram a aproximadamente 530 mil pessoas.

COOPERA PARANÁ – Com o intuito de ampliar ainda mais as possibilidades de produção de qualidade e abertura de mercados, o Estado, apesar das condições restritas de mobilização, deu início à capacitação online de cooperativas e associações dentro do programa Coopera Paraná. Aproximadamente 100 dirigentes, técnicos e cooperados participaram.

Paralelo a isso, foi lançado lançou edital para apoiar financeiramente as instituições. O Estado possui 178 pequenas e médias cooperativas e mais de 500 associações. Juntas, somam cerca de 67 mil famílias e faturam mais de R$ 550 milhões ao ano. Durante esse ano, 65 dos 114 projetos aprovados começaram a receber a ajuda que totalizou, até agora, cerca de R$ 19,2 milhões.

Outros 37 projetos já estão em vias de formalização. Estes receberão mais de R$ 13 milhões. Além deles, sete estão em verificação final do plano de trabalho e ajuste documental, e somarão pouco mais de R$ 2,2 milhões aos investimentos na agricultura familiar; e três, que somam R$ 1 milhão, estão com encaminhamento para análise de campo.

“Vamos evoluir muito mais no Coopera Paraná”, garante o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Com o Banco do Agricultor, que deve estar estruturado em breve, haverá incentivo para que a agricultura familiar cresça amparada pela redução da taxa de juros em investimentos de obras civis e equipamentos, além de várias cadeias produtivas, agroindústria, energia renovável e irrigação, entre outros.”

FRUTAS E SUSAF – O Estado também fortalece a produção de frutas. “A fruticultura pode ocupar um espaço mais qualificado e importante na composição da renda das famílias, e esse é o nosso desafio”, afirma o secretário da Agricultura.

Em 2020, além de investimentos em cooperativas da agricultura familiar que trabalham com diversas frutas, ganhou corpo o programa Revitis – Revitalização da Viticultura Paranaense.

Voltado a esse segmento, o Revitis tem quatro eixos como base: incentivo para a produção, reorganização da comercialização, desenvolvimento do turismo e apoio à agroindústria. Foram assinados seis convênios com prefeituras para dar início ao processo. A expectativa é que, em 2021, o programa apoie 40 projetos comunitários nos municípios e que cada produtor receba até mil mudas.

Os empreendedores rurais também ganharam mais um aliado para expandir seus negócios, com a instituição do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR). Com esse selo, que certifica a boa qualidade sanitária do produto industrializado, o produtor pode romper os limites de seu território e vender em todo o Paraná.

Cinco municípios já se habilitaram para certificar agroindústrias coloniais – Francisco Beltrão, Cascavel, Mauá da Serra, Salgado Filho e Santa Helena. Há pelo menos outros seis em processo de adesão. O pedido é encaminhado e analisado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

ESTRADAS – Também com vistas à melhoria da produção e do escoamento do que se produz no interior dos municípios paranaenses, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento não parou o trabalho de pavimentação ou readequação de estradas rurais. Foram investidos, entre 2019 e 2020, aproximadamente R$ 61 milhões em convênios, que possibilitaram a melhoria em cerca de 138 quilômetros.

Esse trabalho continua em 2021, com projeção de se aplicar R$ 126 milhões para pavimentar aproximadamente 400 quilômetros de vias rurais com pedras irregulares.

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