Seguem as altas da soja na Bolsa de Chicago na sessão desta terça-feira (22). Os futuros da oleaginosa subiram entre 2,5 e 4 pontos nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 12,47 e o março a US$ 12,50 por bushel. Assim, as cotações, novamente, renovam suas máximas na CBOT.
O mercado segue atento às questões de clima na América do Sul, o comportamento da demanda e principalmente focado no estrago que esses dois fatores juntos podem provocar nos já debilitados estoques americano e mundial de soja.
Para Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing, as altas em Chicago ainda são possíveis porém, estariam limitadas por alguns fatores.
Ele explica que a possibilidade de liquidação dos fundos – que estão com uma posição comprada enorme na soja – poderia vir a pressionar o mercado. Além disso, a consolidação de uma safra , senão cheia, ao menos muito boa no Brasil, a partir de janeiro seria outro fator de pressão nas cotações.
E um pouco mais adiante, mas já no radar dos investidores, a preferência do produtor americano pelo plantio da soja na safra 2021/22, que nesse momento está mais vantajosa que o milho.Por isso os produtores têm que ficar atentos às oportunidades de vendas.
Superados esses fatores de pressão nos preços, o analista destaca que 2021 será um ano bom para a soja. “Geralmente em anos de estoques apertados , o mercado fica mais volátil” . Ele explica que nestes momentos de preocupação o mercado tende a se estressar , podendo buscar patamares cada vez mais altos de US$ 13 , US$ 14, US$ 15 / bushel . Mas Aaron lembra que esse movimento só se consolidou ” em momentos de quadros de estoques apertados seguidos de quebras significativas de safras nos EUA ou no Brasil”.