Alguns compradores que estiveram no final de semana no Paraná retornaram para o interior de São Paulo, informa o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). Isso porque, explica a entidade mais representativa do setor no País, o Feijão-carioca que o Paraná está colhendo não tem a aparência que estão buscando.
“No Paraná, onde a estiagem pegou forte no entorno de Castro, os grãos são miúdos demais,” comentou um comprador que esteve por lá. “Eu tenho Feijão extra que comprei nos primeiros lotes de Itaí, mas não tive coragem de comprar do Paraná e vender o que tenho hoje”, completou essa fonte.
Portanto, explica o Instituto presidido por Marcelo Lüders, ao que tudo indica os valores negociados agora ao redor de R$ 260 e R$ 270, na verdade, “estão compatíveis com o produto ofertado de qualidade inferior”.
PRETO SEGUE FIRME
Ainda de acordo com o Ibrafe, o mercado de Feijão-preto segue muito firme. Ontem, por lotes de carga fechada T1 se pagou no mínimo R$ 320 por saca se 60 quilos. Por Feijões mais miúdos aconteceram negócios até abaixo dos R$ 300. “Há uma corrida por Feijão-preto, uma vez que a qualidade dos lotes argentinos não se encaixam na necessidade dos empacotadores”, ressalta Marcelo Lüders.
“O Feijão-preto foi vendido no final da semana passada por R$ 300 direto do produtor, no Paraná. Com raras exceções, tudo que se colhe se vende no mesmo dia. Sobre o Feijão-carioca, voltou a ser vendido por R$ 280/290 no interior de São Paulo. No sábado havia compradores procurando a qualquer valor abaixo de R$ 300, mas para nota 9 não havia oferta”, conclui o Ibrafe.