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As notícias para a terça-feira

Boi: contratos futuros na B3 têm mais um dia de baixas

Os contratos futuros do boi gordo na B3 tiveram mais um dia de baixas nos ajustes diários. O ajuste do vencimento de novembro passou de R$ 289,05 para R$ 286 por arroba e do dezembro de R$ 285,40 para R$ 282,15. Apesar disso, as cotações no mercado físico seguem estacionadas em R$ 290 por arroba de acordo com o levantamento diário da consultoria Agrifatto.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 86,98 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada até a segunda semana de novembro. Este resultado corresponde a uma média diária de 9,66 mil toneladas em comparação a 10,50 mil na semana anterior. Apesar do recuo na passagem semanal, a possibilidade de recorde histórico em novembro segue firme e a probabilidade é cada vez mais alta de superar outubro do ano passado, quando o país exportou 170,55 mil toneladas.

Milho: preços ficam sustentados e mercado monitora clima

A consultoria Safras & Mercado reporta preços sustentados do milho no mercado brasileiro. De acordo com o consultor da empresa, Paulo Molinari, os negócios estiveram um pouco lentos, mas mantiveram quadro de firmeza nas cotações. Segundo ele, as atenções estão bastante voltadas aos problemas climáticos com indicações de regiões de escassez de umidade e quebra de safra.

Até a segunda semana de novembro, foram exportadas 2,27 milhões de toneladas de milho, uma média diária de 252,34 mil. Este resultado ficou apenas 2% abaixo do registrado em outubro demonstrando que o ritmo de embarques segue elevado. Caso isso se mantenha até o final do mês, a expectativa é que o país exporte mais do que 5 milhões de toneladas em novembro.

Soja: queda do dólar e menor procura geram quedas nas cotações, diz Safras

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações da soja iniciaram a semana com preços predominantemente mais baixos. A queda do dólar e o menor interesse da indústria nas compras pressionaram os preços. A alta no exterior na bolsa de Chicago impediu recuos maiores. Em Cascavel (PR), a saca baixou de R$ 170 para R$ 165, em Dourados (MS), de R$ 178 para R$ 175 e em Rio Verde (GO), de R$ 185 para R$ 180. No Rio Grande do Sul, por outro lado, as cotações tiveram altas pontuais.

Os dados de exportações da oleaginosa brasileira seguem mostrando migração da demanda para a soja norte-americana. A média diária embarcada recuou quase 50% na comparação semanal e ficou em 103,89 mil toneladas.

Café: indicador do arábica Cepea atinge maior valor em 2 meses

O indicador do café arábica do Cepea atingiu o maior valor em dois meses após engatar o quarto dia consecutivo de alta. A cotação passou de R$ 551,9 para R$ 564,36 por saca, patamar que não era atingido desde meados de setembro. No caso do café robusta, o período é ainda maior e os preços alcançaram o maior patamar em mais de três anos e estão cotados a R$ 421,48 por saca.

No exterior, os contratos futuros do arábica na Bolsa de Nova York deram um salto de quase 6% e ficaram cotados em US$ 1,1565 por libra-peso. As cotações seguiram o otimismo demonstrado no mercado de commodities como no caso do petróleo a partir de notícias positivas em relação à produção de vacinas contra o coronavírus.

No Exterior: mercados voltam a se animar com notícias positivas de vacinas

Os mercados globais apresentaram alta consistente no início da semana com notícias positivas em relação à eficácia de vacinas contra o coronavírus. O índice norte-americano Dow Jones atingiu os maiores níveis desde antes do início da pandemia.

Ainda assim, os investidores monitoram o crescente número de contaminações e óbitos causados pela Covid-19. Portanto, ainda permanece uma expressiva incerteza na economia global, pois no início da pandemia, os mercados demoraram a reagir de maneira negativa.

No Brasil: cenário político segue como destaque com agenda esvaziada

Com agenda econômica esvaziada, o cenário político segue como principal destaque no radar do mercado financeiro. Ontem, segunda-feira, 16, o Vice-Presidente, Hamilton Mourão, jogou um balde de água fria nas expectativas e afirmou que as reformas econômicas não devem avançar até fevereiro. Além disso, confirmou as falas do Ministro Paulo Guedes de que se houver segunda onda de coronavírus no Brasil, o auxílio emergencial será estendido. Por fim, ressaltou a importância das reformas administrativa e tributária para a saúde fiscal do país.

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