Boi: arroba renova recorde no indicador do Cepea
A arroba do boi gordo renovou o recorde no indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A cotação teve valorização de 0,58% no dia e ficou em R$ 251,3. O indicador do instituto para o mercado de reposição em Mato Grosso do Sul também registrou maior valor histórico e o bezerro ficou em R$ 2227,44 por cabeça.
Na B3, o dia foi marcado por ajustes positivos com a curva subindo 0,9% em média. Dessa forma, os vencimentos até dezembro estão praticamente todos acima de R$ 250 por arroba. Abaixo deste patamar, temos apenas o contrato para outubro, que teve alta de 0,95% e ficou em R$ 249,10.
Milho: contratos futuros têm forte alta e recuperam perdas do início do mês
Na B3, os contratos futuros de milho tiveram forte alta e recuperaram as perdas do início do mês. A curva subiu em média 1,58% e alguns contratos, inclusive, marcaram novas máximas desde quando começaram a ser negociados. O vencimento mais líquido, para novembro, teve alta de 1,92%, e o ajuste passou de R$ 60,28 para R$ 61,44 por saca.
No mercado físico brasileiro, o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari observa que os exportadores ainda estão agressivos. Além disso, as ofertas voltaram a diminuir de forma regional e dão sustentação às cotações. Em Mogiana (SP), os preços passaram de R$ 60 para R$ 62 a saca e foram destaque na alta diária.
Soja: cotação no porto de Paranaguá sobe quase 6% em dois dias
O indicador do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) saltou quase 6% em dois dias e marcou um novo recorde. A cotação passou de R$ 144,52 para R$ 147,33 por saca e renovou a máxima histórica da série. A consultoria Safras & Mercado registrou mercado travado nesta terça-feira, 22, com o produtor focado no plantio. Com o retorno das chuvas, o produtor pôde iniciar o preparo do solo para a nova safra, de acordo com a análise da consultoria.
Em Chicago, os preços marcaram o segundo dia consecutivo de quedas, apesar de novas vendas externas anunciadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O clima tem se mostrado favorável ao início da colheita e as condições das lavouras pararam de piorar. Esses fatores somados mais do que compensaram as sinalizações de demanda externa e pressionaram os preços para baixo.
No exterior: bolsas reagem positivamente a dados de atividade industrial na Zona do Euro
As bolsas europeias reagiram positivamente aos dados de atividade industrial na Zona do Euro. O indicador PMI da indústria registrou a maior expansão desde fevereiro de 2018 e passou de 51,7 em agosto para 53,7 na prévia de setembro. Por outro lado, o setor de serviços frustrou as projeções e passou de 50,5 para 47,6.
Os dados deixam cada vez mais evidente a recuperação da atividade industrial a partir de aumento da demanda, enquanto que o setor de serviços sofre ainda com as restrições de circulação de pessoas.
O mercado monitora a divulgação destes mesmos indicadores para os Estados Unidos para atualizar as projeções de crescimento da economia norte-americana. Também tem foco de atenção as discussões entre republicanos e democratas por um novo pacote de auxílio fiscal.
O presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, tem reiterado em seus últimos discursos o limite de atuação da política monetária e a necessidade de um novo pacote de estímulo fiscal.
No Brasil: IPCA-15 e dados do setor externo são destaques da agenda
O IPCA-15 de setembro é bastante aguardado pelos investidores para acompanhar a evolução da inflação de alimentos ao consumidor. Nos indicadores gerais de preços, que trazem a inflação ao consumidor e ao produtor, as commodities agrícolas como soja, milho, carnes e leite têm pressionado os índices.
O mercado monitora, então, quanto e quando essas altas serão repassadas para os índices de preços ao consumidor. E dessa forma, podem atualizar as projeções e cenários esperados para a taxa de juros no Brasil.
O dia ainda tem os dados de setor externo, com as transações correntes de agosto do Brasil com o resto do mundo, o investimento direto no país e o fluxo cambial semanal. Com o câmbio em alto patamar, ajudando o comércio externo, e a recessão econômica, que segura os gastos dos brasileiros no exterior, a expectativa é por novo saldo positivo em transações correntes.