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China compra tudo e falta soja: preço recorde

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (03.08) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo 0,86% nos portos, para R$ 120,14/saca (contra R$ 119,12/saca do dia anterior).

A T&F Consultoria Agroeconômica aponta que, com pouquíssima disponibilidade e grande demanda, os preços da soja no Rio Grande do Sul subiram significativamente e houve alguns volumes comercializados: “Isto gerou grande tensão, no sentido de ter demanda, bater recorde de preços, e a oferta estar pequena. Mas, os agricultores não devem lamentar, porque se tivessem guardado soja o preço não seria tão alto. É a falta que faz o preço subir. No Paraná preços da soja subiram forte novamente entre 3 e 4 reais/saca”.

De acordo com a equipe da T&F, a nova safra do Brasil domina as compras chinesas: “As indústrias esmagadoras de soja da China tiveram uma reviravolta acentuada na semana passada, preenchendo a maioria de suas compras semanais de carga de grãos para 2021 no Brasil e diminuindo significativamente o ritmo de compra nos EUA em meio a laços diplomáticos estremecidos”.

De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, o mercado brasileiro vive plen interesse mundial na compra de seu grão, principalmente a soja: “Somente nesta última semana tivemos um total de 939 mil toneladas da oleaginosa saindo do Brasil, contra 153 mil na Argentina e 445 mil nos Estados Unidos”.

“No caso do milho, foram 1,45 milhão de toneladas embarcada nesta última semana nos portos do Brasil, registrando um novo recorde para 2020, entretanto ainda são 500 mil toneladas abaixo do volume registrado no mesmo período em 2019”, concluem os analistas da ARC Mercosul.

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