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Pandemia faz Brasil dobrar exportações de frutas com vitamina C

Segundo o boletim da CNA, as exportações de itens como tangerina, laranja e limão subiram 158%, 132% e 12%, respectivamente, no primeiro semestre de 2020

A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus tem deixado espaço para algumas exceções. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que a venda de frutas cítricas para outros países mais que dobrou no primeiro semestre deste ano. Segundo o boletim da CNA, as exportações de itens como tangerina, laranja e limão subiram 158%, 132% e 12%, respectivamente, no primeiro semestre de 2020, quando comparado com o mesmo período de 2019.

A escolha por essas frutas não é aleatória. Trata-se dos alimentos mais ricos em vitamina C, que ajudam a fortalecer a saúde para enfrentar a propagação do vírus. A exportação de banana teve alta de 17% entre os mesmos intervalos. Houve ainda forte procura estrangeira por hortaliças.

A exportação de produtos como cenoura, tomate, cebola e batata cresceu mais de 300% no primeiro semestre, o que ajudou a minimizar as dificuldades de comercialização desses produtos no mercado brasileiro. Os dados da CNA apontam que ainda existe grande divergência entre as medidas de prevenção e controle do coronavírus nas cinco regiões brasileiras, o que ainda mantém muitos comércios com as portas fechadas.

Diante da incerteza do consumo, produtores de hortaliças estão produzindo 25% abaixo da capacidade normal do período. Ainda que pontualmente, a reabertura do comércio tem aumentado a demanda por carne de frango e suínos e ovos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou uma revisão das expectativas de produção e exportação para frango, ovos e suínos para 2020.

A entidade estima altas na produção brasileira: 3% a 4% na produção de frangos; 7% para ovos; e 4% a 6,5% para carne suína. A exportação global brasileira de carne bovina continua aquecida e com grandes chances de bater mais um recorde de volume e faturamento.

China

A CNA afirma que, apesar de não existir comprovação científica da transmissão da Covid-19 pelo consumo de alimentos, o governo chinês publicou novas normas de alfândega, com maior rigor na inspeção de produtos alimentícios. Mesmo sem embasamento técnico-científico, o país asiático suspendeu a habilitação de duas plantas brasileiras, uma de aves e outra de bovinos.

Atualmente, há cinco plantas brasileiras embargadas pela China e uma pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na Argentina, sete plantas de frangos solicitaram autossuspensão de exportações.

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