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Pesquisadores buscam desenvolver biofertilizante a partir da cavalinha

O produto, por ser natural, poderá ser utilizado em cadeia de produção de alimentos orgânicos e biodinâmicos. Uma alternativa a mais para os produtores

Uma parceria da empresa Satis, especialista em pesquisa e desenvolvimento de soluções de nutrição vegetal, com as Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu) e a Universidade de Uberaba (Uniube,  está desenvolvendo um biofertilizante partir da cavalinha.

De nome científico Equisetum, a cavalinha é uma planta medicinal que possui propriedades funcionais e de interesse às indústrias farmacêuticas e de processos agroindústrias devido às substâncias contidas em suas folhas e caule.

“Estamos no desenvolvimento inicial da pesquisa, em busca da melhor metodologia de extração dos compostos presentes na planta. Realizaremos posteriormente testes em laboratório e no campo, para entendermos melhor os mecanismos de ação dos extratos e também selecionar o melhor extrato”, afirma a professora da Fazu Thais Oliveira Ramalho Bean, Pós-Doutora em Agronomia-Fitopatologia.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Uniube, José Roberto Finzer, conta que o estudo será focado na extração de solúveis da cavalinha. “Essa fase da pesquisa, da fabricação do extrato aos testes de campo, tem previsão de dois anos de duração.”

Produto totalmente natural

Muito conhecida popularmente, a planta medicinal tem ação diurética, anti-inflamatória e digestiva. A planta também é rica em potássio e vitamina C. Os alunos que participam da pesquisa irão desenvolver o melhor processo de extração de solúveis da planta, usando solvente orgânico, e otimizando operacionalmente a concentração do solvente, temperatura de processo e tempo de extração.

A professora relata que o extrato de uma planta é um produto natural e potencialmente mais seguro para o meio ambiente, para o agricultor e também para o consumidor.

“Além do mais, esse produto, por ser natural, poderá ser utilizado em cadeia de produção de alimentos orgânicos e biodinâmicos. Uma alternativa a mais para os produtores”, complementa. O coordenador da Uniube destaca ainda que “a integração universidade-indústria serve como um catalisador para discutir os avanços da ciência e da tecnologia, conectando profissionais de várias áreas para gerar novas ideias para o benefício da sociedade”.

Dentro do projeto, os ensaios microbiológicos e agronômicos serão de competência da Fazu. Nas diversas possibilidades de extração serão efetuadas análises microbiológicas para avaliação de desempenho do sistema de separação e posteriormente testes de eficiência agronômica.

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