Uma nuvem de gafanhotos têm sobrevoado a região de Chaco Central, região norte do Paraguai. A praga, vem consumindo a floresta e ameaçando as plantações e pastagens.
Em busca do controle da epidemia destes insetos, entidades paraguaias ativaram, na segunda quinzena deste mês, o sistema de alerta na região de Las Palmas, em Chaco – localidade a cerca de 100 km de Loma Plata. Serão doze técnicos divididos em três equipes.
As instituições paraguaias esclarecem que em novembro de 2019, uma nuvem de gafanhotos havia sido relatada na área do tenente Américo Pico (Chaco), a cerca de 30 km da fronteira com a Bolívia. Tal acontecimento, supõe ter reproduzido os cinco enxames que circulam atualmente para a região indicada.
“Estamos realizando o controle combinado do ar e da terra e precisamos da cooperação dos produtores, com monitoramento e relatórios permanentes, para um trabalho mais eficiente”, informa as entidades.
Os enxames são classificados de acordo com sua densidade e tamanho (leves ou pesados). As cinco incidências detectadas no Paraguai são do tipo “pesadas”, o que representa uma grande ameaça para as culturas de soja, milho, sorgo e pastagens – existentes no Chaco Central e no Alto Paraguai.
As atuais condições climáticas da região, com altas temperaturas e alta umidade, são ideais para a proliferação de gafanhotos. Os insetos podem percorrer até 100 km em um dia. Em 2019, a Senave havia declarado uma emergência fitossanitária por 60 dias no Alto Paraguai e Boquerón, por ataques de gafanhotos.
Vale lembrar que caso a praga não seja controlada pelas autoridades paraguaias, existem riscos de que os enxames cheguem no Brasil. Alguns fazendeiros brasileiros que estão na região tem relatado que a situação é bastante complicada.