O dólar segue em seu ritmo de baixa e, com isso, está derrubando também as cotações de soja no mercado brasileiro, segundo informações divulgadas pela T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com a consultoria, o movimento deste fechamento de semana será decisivo para a moeda estadunidense.
“O movimento desta sexta-feira será decisivo, porque há uma linha de suporte a R$ 4,99 que, se for rompida, poderá jogar a cotação da moeda americana ainda mais para baixo. Os vendedores de soja no Brasil que seguiram nossas recomendações ainda conseguiram lucros ao redor de 30%; hoje recuaram para 29%, mas ainda assim, é um excelente nível e pode ser aproveitado”, informa.
No mês de março, os agricultores brasileiros venderam mais de 12 milhões de toneladas de soja. “[Eles] fizeram muito bem, dadas as condições extremamente favoráveis proporcionadas pela alta do dólar. Contudo, esta alta, que estava muito fora da curva, já está revertendo para baixo, pressionada pelo esforço de todos os governos do mundo, arrastando com ela os preços da soja”, completa.
“Arrastados pela queda do dólar, que caiu 0,75% para abaixo do nível psicológico de R$ 5,00, fechando a R$ 4,9957, os preços médios da soja nos portos do Sul ou seus equivalente nos demais portos do país fecharam em queda de 1,14%, segundo a pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a R$ 98,55/saca, contra 99,69/saca do dia anterior. Com isto o acumulado do mês recuou para 9,67%”, indica.
No Rio Grande do Sul, os preços recuaram cinquenta centavos no porto para R$ 103,00/saca para maio. “No interior o preço efetivo, também recuou cinquenta centavos para R$ 95,00 em Cruz Alta e Ijuí, eventualmente R$ 95,50 e R$ 94,50 em Passo Fundo”, conclui.