Auditores Fiscais Federais Agropecuários que atuam diretamente na inspeção de produtos de origem animal e vegetal, nas certificações para exportação e ingresso de produtos nas aduanas, alfândegas, portos e aeroportos permanecem em plena atividade durante a pandemia de Covid-19.
Utilizando-se de equipamentos de proteção individual e intensificando os cuidados de higiene pessoal e de equipamentos – que já são bastante rigorosas nos ambientes de produção -, os AFFAS têm dado sua contribuição para manter o abastecimento de alimentos e as exportações dentro da normalidade. “Não podemos parar. Para manter a saúde animal e vegetal na nossa pecuária e agricultura, a inocuidade, padronização e qualidade dos produtos de origem animal e vegetal entregues à população brasileira e comercializados externamente, devemos estar presentes diariamente junto às empresas do setor com registro no MAPA e em fiscalizações a campo quando necessário”, pontua o delegado sindical do Anffa no RS, Mario Peyrot Lopes. Ele destaca os trabalhos nos laboratórios de referência, nas fronteiras e em portos e aeroportos. “Estas atividades se tornam ainda mais importantes em momentos de crise como este que estamos passando”, finaliza.
Mas os trabalhos dos auditores vão além da segurança alimentar e entram na saúde pública. O Ministério da Agricultura anunciou que os laboratórios agropecuários poderão ser utilizados para a análise de amostras de coronavírus. No Rio Grande do Sul, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária – LFDA/RS, localizado no bairro Ponta Grossa em Porto Alegre, está trabalhando para contribuir no recebimento de amostras para análise.
A coordenação do LFDA-RS, que conta com 29 auditores fiscais federais agropecuários (incluindo uma base em Santa Catarina), tem alinhado com as autoridades de saúde do estado as medidas necessárias para que o trabalho possa iniciar. “O planejamento está em andamento. A estrutura física e de pessoal existe, contando com AFFAs, técnicos e auxiliares de laboratório e estamos ajustando o suprimento de insumos para atendimento desta demanda específica, salientando que as demais atividades de suporte à defesa agropecuária seguem normalmente”, afirma o coordenador do LDFA-RS, Fabiano Barreto.
A expectativa é que em menos de duas semanas o LFDA-RS esteja apto a iniciar o recebimento e processamento das amostras. Neste período, o laboratório irá trabalhar na validação interna dos métodos, capacitação da equipe e adequação do sistema da qualidade. “Iremos aproveitar a experiência que adquirimos ao longo desses últimos anos em que realizamos os ensaios para influenza Aviária e Doença de Newcastle para incorporar mais esse método no nosso escopo”, afirma João Marcos Costa, responsável pelo laboratório de diagnóstico do LFDA-RS. “Neste momento crítico é nosso dever contribuir com os diferentes órgãos de saúde buscando a resolução deste grave problema”, conclui.