As culturas de cobertura fazem mais do que cobrir os campos entre as estações de cultivo, elas ajudam os solos a reter a água da chuva e reduzem a erosão eólica e hídrica, beneficiando lugares com solos quentes e secos. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Estadual do Novo México e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
“Havia muito ceticismo sobre a eficácia do cultivo de cobertura no ambiente quente e seco das planícies do sul”, diz Rajan Ghimire. Ghimire, que é pesquisador da Universidade Estadual do Novo México. “Nossa pesquisa mostra que as culturas de cobertura aumentaram a saúde biológica dos solos na área de estudo em dois anos”, completa.
Para determinar a saúde do solo, os pesquisadores mediram as emissões de dióxido de carbono do solo. Essas emissões foram maiores em parcelas de teste com culturas de cobertura em comparação com as parcelas de pousio.
Micróbios do solo são pequenas criaturas que vivem e respiram em solo saudável. O dióxido de carbono é liberado do solo durante a raiz da planta e a respiração microbiana do solo. “Quanto maior a atividade biológica nos solos, maiores as emissões de dióxido de carbono”, diz Ghimire.
As parcelas estavam localizadas em Clovis, Novo México, cerca de 200 milhas a leste de Albuquerque. Ghimire e seus colegas testaram uma variedade de plantas de cobertura durante duas estações de crescimento. Eles também testaram combinações de plantas de cobertura, como cultivar ervilhas e aveia juntas.
As parcelas apenas com ervilhas e uma combinação de ervilhas e canola apresentaram as maiores emissões de dióxido de carbono do solo durante um dos anos de estudo. No entanto, a tendência de emissões não foi consistente no segundo ano, o que dificulta a interpretação dos resultados.