O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou ontem (15/1) baixas de 13,50 pontos no contrato de Março/20, fechando em US$ 9,2875 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 12,75 e 13,50 pontos.
Os principais contratos futuros caíram forte no mercado norte-americano da soja após a assinatura da Fase 1 do acordo comercial que pôs fim à Guerra Comercial entre Estados Unidos e China. “Apesar de a China ter confirmado a compra de US$ 40 bilhões anuais em produtos agrícolas americanos o mercado mostrou-se desconcertado. Não foram divulgados detalhes sobre o volume de cada produto constante no contrato. Aguarda-se que as vendas aconteçam. A grande incerteza sobre as compras chinesas de produtos americanos é a iminente entrada da janela de exportação da safra brasileira, que gera incerteza, já que a China poderá originar matéria-prima do Brasil”, apontam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a ARC Mercosul, pouco mudou para o setor agrícola mundial: “Assim como estamos alertando desde o fim de novembro, a reconciliação parcial entre Trump e Jinping não traria impactos significantes para as commodities agrícolas, principalmente a soja. O ‘acordo comercial’ prevê com que os chineses adicionem um volume de US$12,5 bilhões em produtos variados do setor agrícola estadunidense, ao longo de 2020”.
Entretanto, a ARC lembra que há produtos de maior importância e necessidade do que a soja norte-americana para os chineses.
Principalmente partindo do fato que a “oleaginosa para exportação brasileira continua sendo mais barata que as ofertas no Golfo dos EUA, mesmo pressupondo a isenção tarifária de 25% da China sobre o produto estadunidense. No curto-prazo, todo o mercado mundial da soja irá sangrar com as quedas em Chicago, entretanto o mercado brasileiro tende a se estabilizar ese manter correlacionado com as variações do Dólar nestas próximas semanas”, concluem os analistas.