Recuperação judicial da maior esmagadora de soja do vizinho também assusta
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, as safras tanto de milho como de soja da Argentina correm sério risco para a temporada 2019/2020. Segundo esses analistas, pelo menos dois fatores importantes perturbam o mercado de soja no país vizinho do Mercosul.
O primeiro é sobre qual rumo tomará a empresa Vicentín, maior esmagadora de soja argentina e que entrou em recuperação judicial na semana passada. Segundo a T&F, isso ocorreu não somente por sua “grande dívida com os produtores, mas também pelo vazio que sua saída gerou no mercado como comprador de peso”
.Em segundo lugar, como novo fator gerador de incerteza os vizinhos argentinos se preocupam com o clima seco. Os analistas da T&F informam que as previsões põe em risco a qualidade dos plantios de milho e soja do país – justamente no início das fases evolutivas dos cultivos.
AGROTEMPO
Os mapas climáticos analisados pela ARC Mercosul trazem a expansão de uma massa de ar quente de alta pressão sobre o nordeste brasileiro nestes próximos cinco dias: “O padrão em formação reduz as chances de precipitações sobre todo o MATOPIBA, todo o lado norte de Minas Gerais e norte de Goiás. As preocupações são grandes para a safra no oeste da Bahia, Piauí e norte de Goiás, onde o plantio é recente e a cultura ainda está muito susceptível às intempéries climáticas”.
“Por outro lado, chuvas intensas são oferecidas a partir do dia 16 de dezembro para todo o nordeste da Argentina, sul do Paraguai e sul do Brasil. Os totais pluviométricos já estão sendo projetados num raio de 30-60mm acumulados entre 16 e 17 deste mês. Caso tais chuvas sejam confirmadas, os problemas de seca na Argentina serão reduzidos e confinados ao sul do país, exclusivamente”, concluem os analistas da ARC Mercosul.