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México proíbe remessa de pesticida glifosato

O governo do país disse que “o glifosato representa um alto risco ambiental”

O governo mexicano diz que não permitirá o envio de 1.000 toneladas do pesticida glifosato para o país, citando preocupações com a saúde e o meio ambiente. O México se tornou o mais recente de uma série de países a anunciar proibições ao glifosato, o ingrediente ativo do herbicida da Monsanto, Roundup.

O departamento de meio ambiente do México disse na segunda-feira que negou uma permissão para importar glifosato, presumivelmente para uso agrícola. O departamento disse que “o glifosato representa um alto risco ambiental, dada a presunção credível de que seu uso possa causar sérios danos ambientais e danos irreversíveis à saúde”.

O herbicida, um dos mais usados no mundo, já foi banido em alguns países europeus, incluindo os Países Baixos, Dinamarca e Suécia. Nos Estados Unidos, um tribunal acabou dando ganho de causa a um homem que processou a Bayer, empresa dona da Monsanto, alegando que o Glifosato causa câncer.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado na revista The Lancet Oncology, disse que as provas de que o herbicida causa linfoma não-Hodgkin em seres humanos é limitada. O linfoma não-Hodgkin é um câncer que ataca os linfócitos que fazem parte do sistema imunológico.

A fabricante, no entanto, afirma que não existem quaisquer tipos de evidências científicas capazes de ligar o herbicida a alguma doença e diz também que o tribunal norte-americano foi induzido por vieses ideológicos. O produto chegou a ser suspenso no Brasil por um curto período de tempo, mas acabou sendo liberado novamente na sequência, visto que os produtores brasileiros não possuem nenhuma alternativa similar ao glifosato e, sem ele, o segundo maior produtor de soja do mundo não conseguiria chegar ao ápice de sua produtividade, dizem os especialistas. 

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