Animal é considerado uma praga nas lavouras brasileiras
Com ampla presença em todo o mundo e, acredita-se, que o javali chegou ao Brasil no século XX pelo Rio Grande do Sul. Nos anos 90 havia criação de javalis e híbridos (cruzamento do javali com o porco doméstico) em grande escala. Muitas criações fugiram ou foram soltas intencionalmente em resposta a uma decisão do IBAMA contra a importação e criação de javalis em 1998.
O animal costuma viver em bandos e tem hábitos diurnos. Possui hábitos alimentares similares ao do javali, é omnívoro, com preferência por vegetais como raízes, frutos, castanhas e sementes. Também incluem animais em sua dieta.
O animal é o pesadelo de produtores de diversos Estados brasileiros. A espécie está expandindo e sua presença por áreas onde nunca tinha pisado está sendo registrada, causando prejuízos em pequenos sítios e em grandes fazendas e elevando gastos de produção. Alguns produtores estão desistindo de plantar milho, um dos alimentos preferidos do animal.
Os javalis são considerados animais nocivos e invasores. No Brasil, sua caça é permitida como meio de controle da população desde 2013. A caça também é usada nos EUA, Austrália e outros países.
No Brasil, fazendeiros têm dois caminhos: obter licenças no Ibama, Exército e Polícia Federal para fazerem o abate e para portarem armas; o outro caminho é recorrer a caçadores habilitados e autorizados.
Dados do Ibama mostram que entre abril e setembro, 2,8 mil javalis foram abatidos em Santa Catarina; 2,2 mil em São Paulo; 1,7 mil em Minas Gerais; 1,2 mil no Rio Grande do Sul; e 1,1 mil no Paraná. Em outros Estados, as marcas foram menos expressivas. O método mais usado tem sido o de perseguição com cães. Os números representam os abates regularmente notificados ao Ibama.