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Pode faltar milho em janeiro de 2020

As cotações do milho em Chicago fecharam em forte queda de 1,13% ontem (15/10), quase anulando a alta de 0,89% do Dólar no dia. “Não foi a exportação que puxou os preços diretamente. O sentimento geral entre os compradores é que, mesmo com um grande aumento na produção da temporada 2018/19, a disponibilidade é apertada e poderá faltar produto a partir de janeiro”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Além disso, o mercado está atento a problemas climáticos sobre a nova safra, acrescenta o analista da T&F, Luiz Pacheco: “Isto faz os compradores domésticos reagirem a cada alta nos preços de exportação. No mercado físico do Paraná, os preços do milho subiram em média um real/saca.

Em Ponta Grossa os preços evoluíram para R$ 39,00/saca posto fábrica, contra R$ 38,00 dia anterior. O mesmo aconteceu com as demais praças”.

De acordo com o especialista, o fluxo de comercialização é baixo, e assim as ofertas demoram se consolidar em altas expressivas. “Lá fora, os preços encontram suporte na piora do clima no Cinturão Agrícola norte americano, com queda intensa de temperatura e dos possíveis estresses climáticos decorrentes. No Brasil, especulações envolvendo clima e chuvas continuam na agenda, dado tempo predominantemente seco e início do plantio em praticamente todo o país”, explica Pacheco.

PLANTIO

O relatório semanal de acompanhamento das lavouras divulgado nesta terça-feira pelo Deral (Departamento de Economia Rural) registrou que o Paraná já plantou 80% da área prevista para a safra de verão de milho. O percentual está levemente abaixo dos 85% na mesma semana do ano anterior.

“A condição das lavouras está com 89% boas, 10% médias e 1% ruim. O estado é grande produtor, consumidor e exportador do grão. Com relação às fases em que se encontram os cultivos, 78% estão em desenvolvimento vegetativo e 22% em germinação, períodos em que se beneficiarão das chuvas que hora estão ocorrendo no estado”, conclui Pacheco.

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