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Seca já compromete o rebanho bovino em Cascavel/PR

O município enfrenta racionamento e algumas propriedades estão sem água para o gado. Outra situação que preocupa os pecuaristas é o atraso no plantio da soja, que pode afetar a janela ideal para o milho safrinha e, consequentemente, compromete o confinamento.

Na região de Cascavel/PR, os pecuaristas estão preocupados com a falta de chuvas volumosas que está afetando o rebanho de bovinos. Algumas propriedades não têm mais água para dar para o gado e estão adotando alternativas. Com o atraso no plantio da soja, a janela ideal para cultivar o milho safrinha pode ficar comprometida, e se isso acontecer, vai afetar os custos de produção do confinamento.

O pecuarista da localidade, Erni Erico Bublitz, que os preços do milho e da soja estavam estáveis no inicio do confinamento. “Agora com a alta do animal é possível que tenha uma rentabilidade ao produtor, mas se esse cenário de preços para o milho continuar nestes patamares se torna inviável o confinamento”, diz.

Atualmente, as referências estão ao redor de R$ 155,00/@ a R$ 158,00/@, a vista e livre de funrural. “Nos últimos quinze dias, as cotações registraram uma valorização significante e antes estavam ao redor de R$ 150,00/@ a R$ 152,00/@. Nós acreditamos que cenário de aumento nos preços foi motivado pela a suspensão na vacinação e também da população ter recebido o dinheiro do fundo de garantia”, relata.   

Nesta terça-feira, o Ministério da Agricultura divulgou que a Instrução Normativa que autoriza a suspensão da vacinação contra a febre aftosa no estado do Paraná a partir de novembro. “No momento não é possível fazer uma análise exata dos impactos na cadeia do boi gordo. Até sexta-feira, nós tínhamos a informação de que não poderia entrar animal de regiões que não são livres de vacinação”, comenta.

A norma teve uma alteração nesta terça-feira e está autorizada a entrada de animais de outras regiões. A princípio a suspensão da vacinação beneficia o mercado de bezerro e de genética. “A suspensão pode favorecer as exportações e podemos atender os países como a China, que pedem livre de febre aftosa sem vacinação”, afirma.

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