A falta de chuvas regulares e em bons volumes está prejudicando a agricultura do noroeste do Paraná. Além de atrasar o início do plantio de soja da temporada 2019/2020, a carência de precipitações pode ter impacto negativo na produção de milho da 2ª safra da região, informou ontem (26/9) o produtor rural Ildefonso Ausec, do município de Doutor Camargo.
“Deu nove, dez, onze e cinco milímetros [de chuva] na região toda do noroeste do Paraná”, contou Ildefonso ao AGROemDIA, após percorrer áreas dos municípios de São Jorge e Ourizona. “Não choveu [como era preciso].” Com isso, acrescentou, a grande maioria dos agricultores da região não se arriscou a começar o plantio de soja.
“Não tem soja plantada. Pouquíssimos agricultores, em três ou quatro municípios, plantaram. Acredito que nem vai nascer. Com nove, dez, cinco milímetros [de chuva] não há condições de germinar porque a terra está muito seca. O déficit de umidade já tem um ano, desde a soja de 2018, quando também houve problemas climáticos.”
O produtor rural lembrou que, em 2018, nesta época, três municípios do noroeste paranaense “já tinham praticamente fechado a planta.” Neste ano, assinalou, isso não ocorrerá. A previsão, informou, é que chova na região no início de outubro.
Apesar disso, Ildefonso não tem grandes preocupação com o cultivo de soja, mas sim com o de milho da 2ª safra. “Já atrasou grande parte do milho safrinha [como também é chamada a 2ª safra do cereal]. Não que tenha fechado a janela, mas não teremos aquele milho vantajoso que tivemos este ano, plantado no final de janeiro e fevereiro.”