Com o objetivo de combater as atividades ilegais, um grupo de empresários e ONGs lançou um desafio chamado de “Amazônia Possível”.
O empresário Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura e fundador do Instituto Arapyaú, abriu o evento com a seguinte frase: “Um Diálogo para a Amazônia Possível”.
Objetivo é combater a ilegalidade dentro de cada cadeia a fim de conter o desmatamento na região e unir os esforços do setor privado, agropecuário, cientistas e governo para desenvolver a Amazônia.
A reunião teve cem convidados brasileiros e estrangeiros na sede das Nações Unidas, em Nova York. Na plateia estavam o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o governador do Amazonas Wilson Lima (PSC-AM), o ex-presidente do BNDES Joaquim Levy e Paul Polman, ex CEO da Unilever.
“Temos que nos mobilizar pela Amazônia, valorizar o diálogo, a importância de ter todos os atores presentes. Os problemas são de dimensão planetária”, continuou Leal. “Nenhum de nós, isoladamente, pode construir soluções”.
Marcelo Britto, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), lembrou que o modelo do agronegócio do passado, em que “a maioria desmatou tudo o que podia”, foi de “perpetuação da pobreza e da miséria”.
Para Britto, um dos maiores entraves é o caos fundiário. “A insegurança jurídica é péssima. Poucas empresas sérias e que não entram no jogo da corrupção conseguiram fincar suas raízes na região.” Segundo o executivo, “se não se agregar à mudança a eliminação da pobreza e das desigualdades sociais, não se atingirá o ponto que precisamos.”