Desde o ano passado, a China e outros países asiáticos e europeus enfrentam uma severa epidemia de Peste Suína Africana (PSA). Até agosto, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mais de 5,7 milhões de suínos já foram abatidos na Ásia em decorrência da crise provocada pela doença. Por causa disso, esses países se viram obrigados a aumentar suas importações, o que abre boas perspectivas de mercado para países com potencial para ampliar suas exportações, como o Brasil. Para isso, no entanto, é preciso que os produtores brasileiros mantenham o vírus causador da doença longe de suas granjas.
“Não existe vacina. Por isso, a única forma de controle é a vigilância e os cuidados sanitários. O vírus da PSA é muito resistente. Pode chegar por meio de contêineres transportados em navios, por aviões e até pela roupa de uma pessoa que, por exemplo, foi à China e visitou uma granja contaminada. É preciso muito rigor nesses cuidados”, aponta a médica veterinária Nicolle Wilsek, do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Clássica
Além da PSA, há preocupação também em relação à Peste Suína Clássica (PSC). Hoje, o Brasil é dividido em duas áreas: Zona Não Livre (ZNL) e Zona Livre (ZL) de PSC. O Paraná está no segundo grupo. Porém, o bloco todo pode perder o status se um dos Estados do grupo registrar caso de PSC. Por isso, as precauções são tão importantes.
O Sistema FAEP/SENAR-PR listou sete desses cuidados sanitários básicos, que podem ajudar a manter os vírus da PSA e da PSC distante das propriedades. O material foi elaborado com base em campanhas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).