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Confira como fica o clima nas regiões produtoras do país nesta primavera

Com o fim do inverno se aproximando, a preocupação dos produtores se volta para as condições climáticas da primavera e, neste ano, em especial, à atuação do fenômeno El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. 

Segundo os meteorologistas da Climatempo, o El Niño está enfraquecido e há possibilidade de que ele se desconfigure durante a primavera. Mesmo assim, de acordo com a maior parte dos modelos meteorológicos, a tendência é de que o oceano permaneça com o viés aquecido, isso faz com que as características de um El Niño fraco tendam a ser preservadas durante a nova estação. 

Se a tendência de um viés mais aquecido no Oceano Pacífico Equatorial se confirmar, é possível que haja alguns impactos na agricultura brasileira, como temperatura acima da média nas regiões produtoras, atraso nas chuvas ou pancadas irregulares que, apesar de poderem ocorrer em forma de temporais, devem ser mal distribuídas. 

Durante o início de outubro, existe um grande risco de que a chuva não consiga se espalhar pelo país, como é o esperado para essa época do ano. Dessa forma, ela deve ficar mais concentrada na Região Sul e em áreas litorâneas do Sudeste, devido à passagem de algumas frentes frias, do que propriamente nas outras áreas do país. Além disso, a umidade proveniente da Amazônia deve ter mais dificuldade de se espalhar pelo Brasil e, consequentemente, as chuvas devem ser menos abrangentes nas áreas produtoras.

No entanto, mesmo que a chuva fique abaixo da média esperada para o mês de outubro em algumas regiões, não se pode descartar a ocorrência de temporais em alguns locais, mas que não devem ser persistentes. 

No mapa a seguir, é possível ver a indicação de anomalia negativa, ou seja, chuva abaixo da média no mês de Outubro, em várias regiões produtoras do país. 

Anomalia de Precipitação Mensal - Outubro/2019
Fonte: Climatempo

Para a agricultura, o grande problema da falta de chuva é o possível atraso no plantio da soja, que ocorre no fim do mês de setembro. Após a colheita do grão, é feito o plantio do milho e, sequencialmente, o do algodão. No entanto, para que isso ocorra conforme o calendário agrícola, é preciso que chova em setembro e outubro, de forma que não ocorram atrasos nas plantações de outras culturas.

No mês de novembro e em dezembro, a expectativa é de que volte a chover, mas, mesmo assim, o produtor deve estar atento à ocorrência de chuva irregular em algumas localidades. Isso pode afetar muito na dinâmica das pulverizações de defensivos, principalmente para aqueles que terão de iniciar o plantio com atraso e estarão mais suscetíveis a doenças nas lavouras. Além disso, a expectativa é de temperaturas acima da média climatológica durante todo o período úmido, o que favorece o aumento da incidência de pragas. Portanto, neste ano, uma aplicação de defensivos eficiente pode fazer toda a diferença para uma boa produtividade da safra.

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