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Com EUA e Argentina fora do jogo, China vem buscar toda a soja brasileira

Depois que Trump acirrou a briga comercial, na semana passada, o país asiático suspendeu as compras de produtos agrícolas dos americanos, com poucas alternativas para abastecimento além do Brasil.

Nesse caso, a Argentina poderia ser uma opção, mas os produtores do país estão preferindo estocar os grãos com a proximidade das eleições. Com isso, já há uma clara evidência de redução na oferta. Os estoques de soja do Brasil caíram 80% desde o ano passado e as exportações reduziram 8% até julho – 11% somente os embarques para a China.

A partir de setembro, o Brasil terá apenas 15,7 milhões de toneladas de soja para serem embarcadas até o início da próxima colheita, em janeiro, conforme explica Daniele Siqueira, analista da consultoria AgRural. A previsão é baseada no estoque total disponível, nos dados de envio até julho e na quantidade necessária para o consumo interno.

Os preços da soja no Brasil já estão subindo em meio às perspectivas de pouca oferta. O prêmio pago pelos embarques em setembro subiu 32% este mês. Na contramão, os índices futuros de referência negociados em Chicago caíram 1,7%. “Os prêmios devem ser ajustados, já que há apenas o Brasil no jogo no momento”, afirmou Ito.

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